Brasil: Do gemido à alegria. Será Possível?

Brasil: Do gemido à alegria. Será Possível?

Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra,quando, porém, domina o perverso, o povo suspira Provérbios 29:2

Se você está caminhando por nosso projeto de leitura da Bíblia, chegamos juntos ao livro de Provérbios. Literatura de sabedoria do povo de Israel, livro inspirado por Deus. O objetivo de Provérbios é a sabedoria ensinada para o homem desde a juventude a fim de que, quando maduro, esteja pronto a exercer essa sabedoria na sociedade e apto a ensinar a sabedoria para seus filhos, a nova geração.
Ao olhar para esse provérbio que trata de quem está no poder e seus resultados, pode-se dizer que, no Brasil, temos sentido na pele a segunda parte dele. Quando o povo suspira, se indigna, sofre, geme. No Brasil não há segredo, é mais do que uma simples suposição. Os escândalos públicos a respeito de quem está no poder nos mostram que há perversos nos postos que determinam a direção de nosso amado País.
Ao mesmo tempo nota-se, no provérbio, que há um outro caminho, uma outra realidade além dos gemidos, dos suspiros do povo. É uma realidade quando o povo se alegra. Seria possível para nosso País trilhar um caminho que deixa para trás a realidade do povo em gemidos e alcança a realidade do povo que se alegra?
O provérbio aponta o caminho. Para que uma nação vá do gemido à alegria, é preciso que se multipliquem os justos.
Quem são os justos? De que justiça o provérbio está falando? É da justiça perfeita de Deus. A chave para todos os demais provérbios é Pv. 1.7, que diz: “O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino”. A justiça está relacionada ao acolhimento da sabedoria e ensino que vem de Deus e Sua Palavra. Justos são aqueles que temem ao Senhor, e por isso são, ao mesmo tempo, justos e sábios.
São esses que precisam multiplicar-se na nação. É o ensino da Palavra que precisa ser ouvido, ensinado e praticado. Portanto, a responsabilidade da Igreja é ensinar o temor do Senhor. Os pais precisam ensinar aos filhos. Os que já conhecem precisam levar o temor do Senhor aos que não conhecem. O Evangelho precisa ser pregado com temor, seriedade, responsabilidade e sabedoria. Feliz a nação cujo Deus é o Senhor! A Igreja precisa não apenas ensinar de longe, mas, como o pai em Provérbios ensinava o filho, ensinava no caminho. O testemunho da Igreja precisa ser um testemunho de verdadeiro temor a Deus. A Igreja precisa lutar por uma Cultura que teme ao Senhor!
A expressão “multiplicam os justos” do provérbio, ao mesmo tempo significa “quando florescem os justos”, e também “quando os justos assumem o poder”. O papel do justo, além de lutar por uma Cultura que teme ao Senhor, é assumir a responsabilidade. É “comprar as brigas” necessárias. O justo precisa “tomar o touro pelos chifres”. Não basta opinar de longe e apenas dizer o que deveria ser feito. É preciso colocar-se nas mãos de Deus a fim de que Deus o empodere, e o que teme ao Senhor assuma os lugares da nação que determinam a sua direção.
Brasil, do gemido à alegria! Será possível? A resposta não tem que vir de uma denominação religiosa ou de um sistema religioso. A resposta vem do posicionamento da verdadeira Igreja de Cristo. Há temor do Senhor em nossos dias? Há temor do Senhor em seu coração? Se há, é necessário ensinar o temor do Senhor à nossa e às futuras gerações, criando uma Cultura que teme ao Senhor, e, necessariamente, posicionar-se, diante do Senhor e, simultaneamente na nossa sociedade. Deus abençoe nosso País.

Rev. Hédin Charles Mendes.

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