A mãe que venceu pela fé
“Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.” Mateus 15.28
Jesus passava pelas cidades de Tiro e Sidom, região que fazia parte da Síria. À semelhança da região de Samaria, esse não era um lugar amado pelo povo da promessa. Tiro era a cidade de onde veio Jezabel, a rainha pagã do Antigo Testamento. Os judeus consideravam os habitantes de Tiro como cães impuros. Essa região era sinônimo de paganismo.
Nesse lugar, assim como em tantos outros, há histórias, relacionamentos, famílias, situações acontecendo. Muitas delas, consideradas normais, outras, porém, muito difíceis de serem vividas.
Nesse contexto surge uma mãe cuja fé fora elogiada por Jesus – e foi através de sua fé que essa mãe pode sair da aflição e alegrar-se em Cristo e sua filha.
Não são poucas as mães que, nesse dia das mães, estão aflitas por seus filhos. Às vezes o simples pensamento de que seus filhos podem não estar bem ou o fato de não poderem nesse ano passarem juntos o dia das mães. Mas talvez, em muitos casos, as aflições das mães são em relação a situações de grande dificuldade. Filhos escravos nos vícios, com casamentos fadados ao fracasso e, em muitos casos, filhos doentes ou que passaram por grandes tragédias cujas vidas estão em risco ou ficaram marcadas para sempre.
Essa mãe cananeia estava com sua filha endemoniada. Grande era a sua aflição, mas ela venceu pela fé.
Pela fé ela compreendeu a necessidade espiritual de sua filha. Muitos são os problemas que podem alcançar o ser humano, mas, com certeza, o maior deles é estar afastado de Deus. Muitas vezes nos contentamos com a situação social de nossos filhos e se eles apenas estão saudáveis fisicamente. Essa mãe sabia que a raiz do problema de sua filha era espiritual. Graças a Deus hoje não vemos endemoninhados em todas as esquinas, mas vemos muitos filhos que recorrem ao suicídio como resposta. Esses tiram suas vidas rapidamente, mas há tantos outros cujas vidas estão sendo desperdiçadas longe de Deus. Mais que uma cura física, o que mais nossos filhos precisam é da salvação e da vida eterna. Por isso essa mulher foi direto a Jesus. Ela cria que Jesus era o Messias, o Filho de Deus, e que apenas uma migalha de sua compaixão, seria suficiente para libertar sua filha.
Pela fé ela não desistiu e viu a ação de Cristo na vida de sua filha. Essa mãe enfrentou a barreira social, pois ela era cananeia e Jesus um judeu. Ela era mulher e foi falar com o homem Jesus. Ela venceu a barreira da discriminação por parte dos discípulos de Jesus e até mesmo das palavras de Jesus. Ela ouviu de Jesus duas frases difíceis: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” E, “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.” Essas frases eram didáticas e muito mais voltadas a nós hoje e ao judeus, que não valorizaram a sua vinda, do que à mulher. Por causa de sua fé ela não se ofende com Jesus, mas adora-O e continua buscando o favor de Jesus. Muitas mães já desistiram de seus filhos. Não tem mais esperança, mas essa mãe venceu pela fé.
Ser mãe é um dos maiores privilégios sobre a face da terra, mas também um dos maiores desafios. O mundo e suas circunstâncias e os próprios corações dos filhos podem trazer aflições em meio a toda beleza do ser mãe. Uma boa mãe precisa ser uma mãe cheia de fé. Cheia da fé verdadeira que pode superar as aflições e abençoar seus filhos. A fé verdadeira é a fé em Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, Rei dos reis, Senhor dos senhores, único e verdadeiro Deus. A mãe bem sucedida exerce sua maternidade aos pés de Jesus em adoração, perseverança e oração. Feliz dia das mães!
Rev. Hédin Charles Mendes
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