Lar doce Lar
“Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa.” Salmo 128.3.
Que belíssima imagem nos revela esse versículo! Imagem onde cabe perfeitamente a expressão tão conhecida, “Lar, doce lar!!”
O que torna essa imagem mais bela, é saber que ela não é apenas um momento em que os familiares colocam as melhores roupas e estrategicamente espalham os belos pratos por sobre a mesa com aquela linda toalha nova e alguém diz, agora sorriam e não se mexam! (…) E logo depois tudo volta à correria habitual onde cada pessoa da família vive egoisticamente pensando somente em si mesmo e não vendo a hora de sumir daquela casa.
Essa imagem deve ser a imagem comum do dia a dia do povo de Deus, dos cristãos. O marido sendo o líder da casa, fazendo de sua família um grande projeto para honra e glória de Deus.
É possível viver assim? Para os céticos, que acham que essa imagem é apenas uma foto para “Instagram”, “Facebook” ou qualquer outra rede social, a Bíblia revela essa imagem como promessa de Deus.
A quem é essa promessa?
1. Àquele que teme ao SENHOR: O livro dos Salmos divide a humanidade em duas. Uma parte é chamada de justos, e outra de ímpios. Quem são os justos, à luz do livro dos Salmos? Os justos são aqueles que temem ao SENHOR. São aqueles que consideram o SENHOR em todos os seus caminhos. São aqueles que tem um relacionamento vivo e verdadeiro com Deus, um relacionamento de busca e intimidade com Deus. Em todo tempo, por mais simples que seja a decisão a ser tomada, o justo é aquele que deseja saber a direção de Deus a respeito dela. Prova disso é como o Salmo 128 inicia, afirmando que “Bem aventurado aquele que teme ao SENHOR. O verso 4, que segue a este, fechando a imagem de um lar abençoado, também afirma: “Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR”.
2. Àquele que anda nos caminhos do SENHOR: O primeiro versículo do Salmo nos diz que “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos!” É verdade, andar nos caminhos do SENHOR é uma consequência lógica de teme-lO. O Salmo, inclusive usa essa frase – e anda nos seus caminhos! – em paralelismo com a primeira – aquele que teme ao SENHOR –, ou seja, uma frase quase sinônima que amplia e completa o sentido de ambas as expressões. Por que isso é importante? Porque há muitas pessoas que separam o temor do SENHOR de obediência ao SENHOR. Há dois erros que se pode cometer aqui: O primeiro é dizer que teme ao SENHOR, mas não andar nos seus caminhos. O segundo, é o tentar andar nos caminhos do SENHOR, sem o temor do SENHOR. Nos dois casos, ao invés de caminhar com Deus e conduzir seu lar a Deus, e ter vida verdadeira com Deus, o que surge é uma tentativa de manipula-lO para que Ele, obrigatoriamente, faça dessa imagem uma realidade. Logo, o andar nos caminhos do SENHOR e o temer ao SENHOR, são inseparáveis.
3. Àquele que crê na promessa: Está aqui outra afirmação que parece desnecessária, mas que é importantíssima. A imagem da esposa e filhos à mesa não significa que o lar em questão está isento das lutas de todas as outras famílias da terra. É isso mesmo, Deus não está prometendo uma vida sem lutas. Muitas são as pessoas que fazem propósitos de andar nos caminhos de Deus e temer ao SENHOR, mas que duvidam nas primeiras dificuldades ou antes mesmo de começar. Essa é a imagem pela qual devemos lutar como membros de uma família, sabendo que Deus nos abençoará nessa luta por nossa casa. Essa luta e investimento em nosso lar, porém, não pode tomar o lugar de Deus. Não podemos negociar os valores, não podemos trilhar os caminhos diferentes dos caminhos do SENHOR, porque senão, deixamos de teme-lO, e trilharemos o caminho dos ímpios, e essa não é uma promessa para os ímpios, mas para os que confiam no SENHOR.
Se essa não é uma realidade em sua casa, não desista! Creia, busque a Deus em favor de sua família. Deus tem promessa para sua família. Tema ao SENHOR, ande e conduza sua família nos caminhos do SENHOR, e viva a doçura no lar, a doçura da presença e comunhão com o SENHOR! Deus te abençoe.
Rev. Hédin Charles Mendes
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