Justiça para Todos

Justiça para Todos

“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós;
para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”
2Coríntios 5.21.

Justiça para todos. Esse é o tema de nosso retiro que esteve acontecendo nesse fim de semana com encerramento hoje ao meio dia. Um tema extremamente necessário quando observamos a realidade de nosso Brasil e do mundo em nossos dias.
Esse é um daqueles assuntos que passam pela nossa visão de mundo, ou melhor, por nossa cosmovisão – nossa maneira de interpretar o mundo. Não há como ter esperança de justiça para todos sem uma cosmovisão cristã, ou seja, uma visão de mundo que inclua a metafísica, o espiritual o transcendente. Deus, sua existência e também sua imanência, ou seja, o fato de que o transcendente faz parte de nossa realidade, e, assim, o Deus transcendente intervém a fim de que a verdadeira justiça seja estabelecida.
A Bíblia revela que Deus é a fonte de toda justiça e que somente a sua justiça é reta e perfeita. Deus é luz e nele não há treva nenhuma. Deus é imutável. Deus é onisciente e não precisa aprender mais nada novo, Deus, não apenas detém todo o conhecimento como é a fonte do conhecimento e deu a nós a capacidade de alcançar o conhecimento. Logo, sendo ele Santo, Sábio, Onisciente e fonte de toda bondade, Deus é justo!
No versículo acima vemos o Deus transcendente, intervindo no mundo a fim de que a humanidade possa ser abençoada pela justiça de Deus.
A Bíblia diz que todos seremos julgados por Deus, sendo nós grandes ou pequenos, sendo cidadãos simples ou recebendo grandes responsabilidades que interfiram em toda a sociedade e/ou no destino de toda a humanidade. O grande problema é que a Bíblia revela que todos nós pecamos, e afirma veementemente que não há um justo, nem um sequer. O destino de toda a humanidade seria justiça para todos de uma única forma: uma vida de caos desordem e desespero na terra e condenação na eternidade. Mas, porque Deus agiu, isso é diferente. Esse versículo nos revela três coisas: I. Como Deus agiu; II. Como as coisas serão diferentes, e; III. Para quem as coisas serão diferentes.
I. Como Deus agiu? Como Deus resolveu o problema de que todos pecaram e, por isso estão condenados? O texto diz que “Aquele que não cometeu pecado, ele o fez pecado por nós”. Deus enviou seu próprio Filho, que encarnou-se e assumiu nosso lugar a fim de satisfazer a justiça de Deus. Jesus Cristo foi, ao mesmo tempo nosso representante (aquele que não cometeu pecado, satisfazendo a parte positiva da justiça de Deus), e também foi nosso substituto (pois sendo nós pecadores, recebeu sobre ele a condenação que seria para nós – satisfazendo a parte negativa da justiça ou punitiva). Logo, todos podem ser reconciliados com Deus que é justo e fonte da verdadeira justiça em Cristo Jesus, Seu Filho encarnado.
II. Como as coisas serão diferentes? O homem pecador, é chamado para ser justificado por Deus, e, juntamente com Ele, viver e promover Sua justiça em todos os âmbitos de nossa vida: cultura, trabalho, lazer, relacionamentos pessoais e espiritualidade. A Bíblia diz em Colossenses 1.20: “e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele (Jesus Cristo), reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.” A Igreja como corpo de Cristo, e Cristo como cabeça da Igreja, age na terra a fim de revelar e promover a justiça de Deus para todos.
III. Para quem as coisas serão diferentes? Haverá justiça sim, para todos. Pois no dia final todos serão julgados por Deus. Mas e até lá? Todos serão condenados? Até lá, uns continuarão ignorando ou resistindo à justiça de Deus, vivendo por sua justiça própria, promovendo o caos e o desespero, e, no final de tudo, serão condenados à morte eterna. As coisas serão diferentes para todos aqueles que, ao conhecerem a justiça de Deus, abandonarem a própria justiça imperfeita e aceitarem a justiça que é pela fé no Filho de Deus. Esses viverão com esperança, recebendo de Deus a missão de promover a justiça perfeita de Deus a todos, mesmo que em grandes combates que custem suas próprias vidas, certos de que a justiça de Deus permanecerá, que no Senhor o nosso trabalho não é vão, e que, no final, já justificados por Cristo quando O recebemos, após sua segunda vinda, reinaremos com Ele ternamente. Sua justiça será estabelecida para sempre.
Jesus Cristo, Justiça para Todos. Você já recebeu essa justiça perfeita? Receba Jesus, seja justificado e torne-se agente de Deus para promover a verdadeira Justiça para Todos. Deus te abençoe!

Rev. Hédin Charles Mendes

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