Deixe o deserto para trás!

Deixe o deserto para trás!

“Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais. Tão-somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares.” Josué 1.6,7

O deserto é o lugar do sofrimento, das dificuldades, da falta de recursos, de sequidão e estio. No deserto somos desafiados e provados. O deserto é lugar de morte e sombras da morte. Embora haja desertos em nossa caminhada, o deserto não é o lugar que Deus deseja para nossa permanência.
No caminho de Jesus houve a tentação no deserto, e também houve a cruz. Nem o deserto nem a cruz eram seu destino final, mas sim, a glória junto ao Pai. No caminho do povo de Deus que fora liberto do Egito houve um deserto, mas este foi apenas o caminho e não seu destino. Seu destino era a terra prometida por Deus. Essa terra não era um deserto, mas uma terra que manava leite e mel.
Chega a hora, portanto, de deixar o deserto. O início do livro de Josué nos relata esse momento da história do povo de Deus. Deus chama Josué para essa tarefa. Tarefa tão almejada, mas que também se constituía em um grande desafio.
Assim como passamos por desertos, chega o momento de o deixarmos para trás. Deixar o deserto, porém, exige fé refletida no exercício da coragem e da obediência.
Josué acabara de perder seu grande líder e companheiro Moisés. Moisés fora, depois de Deus, o grande personagem do deserto na vida do povo. Não era apenas Josué que estava triste e sem referência nesse momento. Deus chama Josué para que sua referência não seja outro a não ser Ele mesmo. Embora Moisés trouxesse confiança e segurança a Josué e ao povo, a verdadeira segurança para o povo sempre foi a presença de Deus. Chegou a hora de olhar mais longe, além das circunstâncias, dos recursos do deserto, chegou a hora de olhar para Deus, ouvir sua voz e reconhecer que a força que precisaram veio e sempre virá dEle.
O rio Jordão estava à frente. O rio, porém, não era o único desafio. Do outro lado, estava a terra prometida, mas toda ela ainda precisava ser conquistada. Havia povos guerreiros, cidades muradas e até mesmo gigantes à frente. Era preciso recobrar o ânimo, refazer as forças e olhar os desafios com coragem. Essa coragem só poderia vir da confiança nas promessas daquele que havia aberto o Mar Vermelho. O que era o Jordão perto do Mar Vermelho? O que eram aqueles povos perto do poderoso Egito? O que é difícil para Deus? Nossa força vem do Senhor!
O desafio maior, não somente para Josué, mas para todo homem continuava. Desafio em que Adão fora reprovado, em que o próprio povo havia sido reprovado e por isso ficou no deserto 40 anos, e, até mesmo no qual Moisés reprovou: verdadeira fé refletida em obediência a Deus. Não desviar-se nem para a esquerda, nem para a direita. Andar em obediência sempre e em tudo. Meditar dia e noite na Palavra de Deus e viver pelo padrão de Deus e não do mundo, de Canaã ou o nosso.
Você quer deixar o deserto para trás? Quer mesmo? Você compreende que é hora de ir para além do deserto? Para o lugar da bênção, lugar da abundância e vida? Lugar do cumprimento das promessas de Deus para você? Isso significa que você precisará fortalecer-se em Deus, reanimar-se nEle, e, principalmente, saber que todas as suas ações precisam ser segundo a direção dEle. Creia e deixe o deserto para trás!

Rev. Hédin Charles Mendes

 

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